Histórias da EBAC: Luna Buschinelli fala sobre sua carreira no Grafite

Luna Buschinelli é aluna do Foundation Art and Design e um prodígio no cenário atual do grafite paulistano. Apadrinhada pela dupla OSGEMEOS, ela realizou sua primeira exposição individual aos 17 anos e conversou conosco sobre sua trajetória até o momento. 

A artista conta que sempre desenhou, mas apenas aos 15 anos começou a se aventurar nas técnicas de Grafite. “Desde cedo sempre me importei muito com a estética do meu trabalho, e achei que era muita responsabilidade ter um trabalho feito na rua, um trabalho público, antes de saber exatamente o que eu queria expressar, e me expor tanto assim. Busquei encontrar um estilo antes de me aventurar e mostrar tanto sobre mim para quem quisesse ver. Queria primeiro me entender e saber o que dizer, para depois mergulhar de fato nesse universo. Fiquei testando os sprays e inventando técnicas esquisitas em um muro que ficava nos fundos da minha casa, mas assim que senti um pouco mais de segurança, comecei a grafitar nas ruas e não consegui parar nunca mais! “ 

Sobre a realização de sua primeira individual, Luna conta que a Galeria Verve tinha acabado de ser inaugurada perto de sua casa quando o galerista a conheceu, se interessou por seu trabalho e convidou-a para expor. Ela adiciona que trabalhou como nunca para realizar a mostra, adotando a galeria como uma segunda casa. No final, foram expostos tanto obras criadas especialmente para a ocasião, quanto outras de um acervo pessoal. 

Após o sucesso da exposição, a jovem foi convidada para fazer parte do projeto de revitalização cultural da cidade medieval de Civitacampomarano, na Itália. Luna relatou que este foi um grande marco em sua carreira, e que a experiência foi muito enriquecedora, não só por estar em outro país, mas também pela boa receptividade de seus anfitriões e pelo clima medieval da cidade que inspirou sua criação. 

Muito consciente de seu processo criativo, Luna reforça que está sempre buscando aprender e evoluir, e por isso encontrou a EBAC. Ela disse que até tinha começado a fazer uma faculdade antes, mas que não tinha se adaptado ao método, que achava muito engessado. 

“Na hora em que vi os cursos da EBAC, soube que era um lugar diferente, que me proporcionaria muito além daquilo que tinha encontrado em outros lugares até então. Estou querendo ingressar em Animação, pois sempre tive o sonho de ver as imagens que crio se movendo. Estou sempre buscando as minhas raízes da infância, essas pequenas coisas são, acredito eu, aquelas que falam mais alto sobre mim, assim como o desenho. Procuro exprimir tudo aquilo que amo em uma coisa só, expandir meus conhecimentos e me aventurar em novas técnicas, e acredito que não exista lugar melhor para que eu desenvolva o que eu procuro na EBAC. Estou muito contente em poder fazer parte dessa história.”