Chico Adelano, coordenador do curso de especialização em Direção de Criação Digital

INOVAÇÃO NA CRIAÇÃO DIGITAL

Pense em um time de criação digital formado por designers, publicitários, engenheiros e desenvolvedores. Depois, imagine o resultado de um projeto que precisa ser apresentado para o cliente com agilidade e que tenha um formato que funcione para o público da marca. Apesar das boas ideias, o conflito entre áreas distintas acaba criando pouco fluxo na hora de finalizar projetos.

Com mais de 15 anos de experiência, Chico Adelano, Diretor de Design na Isobar Brasil, notou que os profissionais do mercado precisavam ter noções de todo o âmbito da criação digital para entregar bons resultados. Chico, junto com um time de professores convidados, pensou no curso de Direção de Criação Digital da EBAC, diferente de tudo proposto no Brasil e motivado a resolver conflitos dentro das agências. Em um bate-papo, Chico contou detalhes do mercado da criação digital e detalhes do dia a dia das agências.

Como você vê o mercado da criação digital no Brasil?
O mercado digital foi acontecendo, não foi planejado. Nele temos gente com formação diferente, designers, publicitários e outras áreas mil que entraram para o digital, e essa pluralidade pode ser muito boa quando bem orquestrada. Mas nos últimos anos ví muito mais sobre superespecializações e menos sobre conexões. O reflexo na agência é que tem faltado pessoas com visão mais ampla, até mesmo em cargos de liderança. Isso faz com que as pessoas tenham muita ansiedade ao ouvirem sobre colaboração, mas no dia a dia continuam em suas caixas de conhecimento e produzindo de forma linear.

O que afeta o mercado da criação digital hoje?
Acho que o mercado se cobra muito sobre inovação e gera ansiedade por ela. Mas a verdadeira inovação é rara, demanda envolvimento e construção. Nossa cultura ainda é mais publicitária e de startup, e pensar em startup também já virou clichê. Afinal, acho que são propostas diferentes.
  
O que diferencia o mercado de startups das agências de criação?
As startups estão mais acostumadas com essa dinâmica de sentar na mesa e debater entre todos, são de fato horizontais, enxutas e dispostos a errar. Nas agências existe uma estrutura de departamento que faz sentido para missão dela, de comunicar em massa para grandes marcas. Pela dinâmica do mercado, desenvolver produtos e serviços inovadores passou a ser uma força de comunicação, mas não está na origem do negócio, então há um conflito de interações, expectativas e capacidade de entrega  No entanto, a combinação dos dois mundos vai gerar um terceiro negócio, capaz de transformar negócios mais conectado as pessoas. Essa seria uma meta inovação da publicidade, uma maneira dela se reformatar para deixar de parecer um polo de inovação e se tornar efetivamente um.

Seu curso na EBAC leva o nome de Direção de Criação Digital. Qual a diferença dele para o modelo já estabelecido de criação dentro das agências?
O nome do curso tem uma provocação. Quando pensamos em direção de criação nas agências pensamos em campanhas, no que a escola de publicidade já ensina com certa tradição e reputação. O curso da EBAC vai caminhar na linha dessa meta inovação, em formar pessoas híbridas com repertório teórico, técnico e prático para compreender as dinâmicas das marcas e da comunicação. Só com uma visão consolidada do todo, o profissional consegue fazer uma direção com uma postura que seja efetivamente colaborativa. Saber o funcionamento de cada etapa evita perda de tempo, economiza dinheiro e minimiza conflitos com clientes.

Para saber mais sobre o nosso curso de Direção de Criação Digital e se inscrever clique aqui.

Na quinta-feira, 13 de julho, os professores do curso de Direção de Criação Digital promovem uma masterclass de Direção Integrada em Projetos Digitais. Inscreva-se aqui para participar.