Edição da MADE 2017

Razões pelas quais você não pode perder a MADE

A MADE (Mercado. Arte. Design), a feira internacional de Design Colecionável abriu suas portas no dia 9 de agosto, em São Paulo, para mais uma edição expondo peças de design colecionável feitas por artistas brasileiros e do exterior.

Com o tema Tramas e com foco no design autoral, a feira tem entre seus destaques o sul-coreano Kwangho Lee, eleito o designer do ano em 2017. Ele falará sobre o processo criativo de seus móveis feitos por fios plásticos coloridos. Criadores de países como Bélgica, Suíça, Holanda e Portugal também irão participar.

Instalada em novo endereço, no prédio da Bienal, a feira traz mais de cem expositores nacionais e internacionais, além de mostras, exibição de documentário e palestras com profissionais.

Bruno Simões, um dos curadores da MADE e coordenador dos cursos de Design de Interiores e Visualização Arquitetônica da EBAC, falou um pouco sobre o que esperar da edição deste ano. “A MADE é parada obrigatória para qualquer amante de design e em qualquer vertente”, diz.

A 5ª edição da MADE acontece na Bienal pela primeira vez. Qual é a sua expectativa em relação ao evento?
A expectativa é bastante ousada e desafiadora: queremos transformar o Pavilhão Bienal no novo endereço de design da cidade e consolidar a MADE como o mais importante evento de design autoral da América Latina. Depois de cinco anos, acreditamos que esse é o momento que todos nós esperávamos, temos um conteúdo maduro e o apoio dos participantes para ocupar um dos prédios mais emblemáticos da cidade. Além de tornar o design ainda mais acessível ao grande público brasileiro, através do convívio com os frequentadores do Parque Ibirapuera.

Este ano a MADE terá como tema principal Tramas. O que o trabalho de curadoria quis propor como fio condutor para esta edição?
O tema Tramas remete ao movimento de resgate dos saberes manuais, do contato direto com os materiais e com aspectos importantes da nossa cultura. É isso que a nova geração vem buscando para romper a visão do design massificado ou genérico. Essa é a discussão que queremos apresentar ao público: a importância da figura do criador e a história por trás de um produto. Nesse contexto, nada mais justo do que se valer das tramas para defender a importância da conexão entre os materiais e o fazer com as próprias mãos.

Qual é o lugar do fazer manual para um designer contemporâneo?
É o lugar de descobrir a essência do próprio trabalho. De se permitir ter o tempo de refletir a respeito da relevância daquilo que se cria e se conectar com a matéria-prima de maneira mais honesta. Esse "fazer" com as mãos é a maneira de se dialogar com o objeto. O designer contemporâneo precisa cada vez mais buscar técnicas e soluções que o tornem único. Os processos handmade têm essa força.

Qual é o diferencial do evento em relação ao setor?
A MADE é a única feira brasileira fundamentada nos princípios de uma verdadeira curadoria, sempre prezando o valor da colaboração e da troca entre os próprios designers e com o público para o crescimento cultural do setor. Nosso projeto é de longo prazo e visa não unicamente venda final de objetos, mas sim o incentivo ao colecionismo de design através de muita informação aos visitantes.

Que criadores, criações e instalações você destacaria?
Esse ano traz bastante conteúdo que nos foi apresentado pelos próprios designers, de maneira independente, o que é muito bacana. Eles vestiram a camisa do projeto e trouxeram, além das peças de seus estandes, exposições complementares que mostram a riqueza de seu processo criativo. É o caso de exposições como “Haydée”, de Nicole Tomazi e Rahyja Afrange e “Safra 1866”, da Oficina Ethos. Além disso, temos seis países trazendo shows exclusivos para a discussão do tema “Tramas”.

O designer sul-coreano Kwangho Lee é reconhecido por criar móveis construídos de fios plásticos de várias espessuras. Em que sentido o trabalho dele se destaca como inovador?
Ele é um dos importantes designers conceituais de sua geração. Seu trabalho questiona formas e estéticas pré-estabelecidas, apresentando um objeto ao mesmo tempo simples e forte com uma matéria-prima a princípio tão banal, como a corda.

Por que seria interessante para os alunos da EBAC conhecerem o evento?
A MADE é parada obrigatória para qualquer amante de design e em qualquer vertente: do gráfico ao produto. Somos uma grande plataforma de criatividade e de promoção da economia criativa, cujo ideal está justamente em buscar novos caminhos e visões - algo que os mais de 100 designers participantes põe à prova durante o evento.

Serviço

MADE- Mercado.Arte.Design
Quando: 9 a 13 de agosto de 2017
Horários: quarta a sexta das 13h às 21h; sábado das 12h às 21h; domingo das 12h às 20h
Local: Pavilhão da Bienal – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Ibirapuera, São Paulo
Ingresso: R$ 30,00 (meia entrada para estudantes)

Confira a programação completa: www.mercadodeartedesign.com/