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Hélio Oiticica: conheça a vida e a obra do artista que inventou o termo tropicália
Quer conhecer um pouco mais sobre a vida e obra de Hélio Oiticica (1937 – 1980), um dos artistas plásticos brasileiros mais influentes e que revolucionou a arte mundial? A exposição “Hélio Oiticica: a dança da minha experiência”, foi suspensa por conta da pandemia, mas ao longo dos próximos meses, será possível conferir algumas obras e vistas da exibição pelo perfil do @masp. Há também o catálogo de capa dura disponível para compra, que inclui a reprodução dos trabalhos da mostra, textos inéditos e um extenso material documental.
A exposição reúne 126 obras sobre o ritmo, a música e a cultura popular do artista carioca. No dia da abertura online, houve uma live no Instagram do @masp, com participação da pesquisadora e curadora, Vivian Crockett, e de Tomás Toledo, curador-chefe do MASP, sobre a exposição e a vida de Hélio Oiticica.
Oiticica, entre tantos outros feitos, foi responsável pela criação da frase “Seja marginal, seja herói”, escrita em uma bandeira sobre a foto de um bandido morto publicada em um jornal carioca durante a ditadura. Além disso, foi um dos grandes inspiradores do movimento tropicalista com sua obra “Tropicália”.
Ao lado de Lygia Clarke e outros, se preocupava em produzir o que chamaram na década de 60 de “antiarte”, ou seja, obras de arte que rompiam com a relação de serem somente contemplativas. A proposta dos seus trabalhos era apresentar uma apreciação sensorial por meio do tato, olfato, paladar e audição.
Os parangolés e os penetráveis de Hélio Oiticica
Dançando com o Parangolé. Imagem Pinterest.
Uma de suas obras mais famosas foram os parangolés: uma espécie de capa que só era possível visualizá-la plenamente quando quem as vestia se movimentava. Considerado como um dos artistas responsáveis por revolucionar a arte mundial, a partir da interação direta dos observadores com as obras, ele também desenvolveu os penetráveis - espaços labirínticos onde o espectador entra e passa por experiências sensoriais – e que hoje são conhecidos como intervenções.
Tropicália-Penetráveis PN2 e PN3, de Hélio Oiticica, 1967. Montagem para a XXIVª Bienal Internacional de São Paulo, 1998. Fundação Bienal, São Paulo, Brasil. Fotografia: César Oiticica Filho.
Um dos mais importantes penetráveis foi a obra “Tropicália”, exposta no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1967. Esse trabalho foi a grande inspiração para a criação estética do movimento tropicalista das décadas de 60 e 70. Nessa obra era possível encontrar elementos típicos da cultura popular brasileira, como areia, arara, capas de parangolé e plantas, que subverteriam a ordem da estética pura do modernismo europeu.
Os observadores eram convidados a percorrer esse caminho descalços até a parte final onde estariam de frente para uma TV, um símbolo moderno. "Não era só o título de uma obra, mas uma posição estética diante das coisas", explica Oiticica na série de interprogramas exibida pela TV Brasil.