
O multiverso da Marvel
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Nova geração de compradores
A plataforma Artsy publicou recentemente o relatório anual sobre a venda de artes no mundo. “Em 2020, início da pandemia, a compra de obras através de plataformas online aumentou tanto (tendência que se manteve também no início deste ano) que eles falam até mesmo de uma nova geração de compradores de arte, chamada Next Gen, que trata-se de consumidores de 18 a 40 anos que não são grandes conhecedores da arte contemporânea, não estão necessariamente no meio, visitando leilões ou galerias, mas que estão comprando cada vez mais por conta do online”, diz Carlos, que conta como a própria criação da Godê Galeria foi recebida na Espanha, país de sua origem:
“Quando eu falei por lá que abriria uma galeria online no Brasil, acharam que eu era louco, que não fazia sentido. Mas meu pensamento na época era considerar os apreciadores de arte do interior do Brasil. Aqui, você só tem acesso a galerias em grandes centros comerciais e, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, mas, no interior, você vê pessoas que se interessam por obras, mas que não conseguem vir até os centros comprar em galerias. É uma realidade diferente da Europa, em que os países são pequenos e os interioranos conseguem chegar à capital em 1 hora”. Desde então, o número de galerias de arte online cresceu muito não só no Brasil como no mundo.
Como explica Carlos, hoje, qualquer galerista precisa se manter atualizado pesquisando o tempo todo online, principalmente buscando por redes sociais como o Instagram. Então, criar um perfil para suas obras vai possibilitar não apenas que curadores de arte brasileiros te encontrem como do mundo todo. “A ferramenta online é fundamental e te permite uma conexão com galerias de outros países”, diz o galerista. Mas, apesar de o online ser uma ótima oportunidade de expor seu trabalho, ele é apenas um dos eixos e o presencial ainda é o mais importante se você quer ser levado a sério como artista.
“Tem 3 coisas que um curador olha ao considerar fazer uma exposição sobre um artista: exposições anteriores (se o artista já participou de algumas, mesmo que em ‘lugares furreca’), corpo de produção (se ele tem muitas obras, pelo menos 30 ou 50 dentro de uma ideia contínua), e se tem textos publicados sobre a produção dele. Porque, mesmo se você tiver umas artes legais, sem essas coisas, nenhum agente ou galerista se arriscaria no seu trabalho”, diz DW Ribatski, produtor cultural, curador e fundador do espaço cultural Laje.