Tecnologia: há vagas. O que o mercado espera de você?

Você consegue imaginar uma empresa que hoje, de alguma forma, não seja impactada pela tecnologia? É quase impossível fazer isso. Não à toa, enquanto em outros setores há pouca oferta de vagas, a área de tecnologia vai na contramão: apenas em startups, o segmento tem 5 mil vagas abertas (dados da ABStartups), número que deve crescer até o final do ano com novas empresas chegando.

Quando falamos de vagas em tecnologia, não estamos falando apenas das funções voltadas para TI. Hoje, com toda a transformação digital e o papel central da tecnologia no dia a dia das empresas e negócios, os cargos na área vão desde aqueles dedicados à experiência do usuário (UX e UI), IoT, realidade virtual a especialistas em análise de dados, desenvolvedores, profissionais de segurança da informação, engenheiros de software e por aí vai.

“A área tem tido mais busca por profissionais porque cada vez mais os negócios sejam eles startups ou não, tem utilizado de novas tecnologias para operarem. Atualmente, são mais de 13 mil startups em todo Brasil gerando demandas por profissionais na área de tecnologia e desenvolvimento, e a tendência é aumentar cada vez mais essa necessidade”, diz Amure Pinho o presidente da ABStartups (Associação Brasileira de Startups). E qual é o grande dilema disso tudo? A dificuldade de preencher as vagas.

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Segundo Pinho, três fatores contribuem e dificultam a contratação de profissionais: “A falta de capacitação adequada para o mercado de trabalho, a concorrência entre os bons profissionais e o fit cultural (ideais e valores dos candidatos) alinhado com a empresa”. Para ele, “hoje o ensino de tecnologia no Brasil é incompatível com o mercado, com cursos defasados formando profissionais sem preparo".

A formação sempre foi um requisito para muitas profissões, mas hoje, o mercado vem se desapegando um pouco disso. Vide empresas como IBM e Google que não contratam funcionários com base na formação e sim em habilidades.

“O mundo está mudando muito rápido de novo e a academia está ali ainda tentando operar em estruturas antigas. Então você tem um choque do que está sendo oferecido e do que está sendo demandado. Hoje a gente tem conhecimento de todos os lados, então o profissional precisa se conectar em cursos rápidos e novos modelos de educação, como os cursos da EBAC, por exemplo, mais focados na resposta a desafios modernos e menos na certificação clássica”, diz Chico Adelano, Head of Design da Echos e coordenador do curso de especialização em Direção de Criação Digital da EBAC.

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Pinho destaca que, pela tendência mundial, ter conhecimento de ferramentas, usabilidade de navegação, aplicativos é importante para o mercado de trabalho. “Apesar disso, ainda existem muitas profissões no Brasil e mercados mais informais que ainda sobrevivem sem essa qualificação. A questão aqui é: para os jovens que estão se formando ou profissionais que buscam se desenvolver em suas áreas, conhecimento em tecnologia é importante”.

O PERFIL DE QUEM ATUA COM TECNOLOGIA HOJE

Dentro desse novo ecossistema, da TI ao conteúdo, passando pela experiência, o que as empresas buscam nos profissionais? Para Adelano, 3 características são fundamentais: “disposição em entender a criatividade como recurso para sobrepor aos problemas, a predisposição para entender diferentes pontos de vistas e um pouco de resiliência”. Ele explica.

“A gente está passando por momentos difíceis de confronto de opiniões, modelos que se sobrepõem, que surgem e que estão ruindo, então o desenvolvimento dessa resiliência e de habilidades emocionais, sobretudo, é o principal para esses profissionais”, comenta o professor.

A mudança no perfil deve afetar também a parte mais tradicional, a de TI. Uma pesquisa da consultoria norte-americana Gatner, uma das maiores do mundo na área de negócios, apontou que 40% das equipes de TI assumirão vários papéis, sendo a maioria relacionada à área de negócios e não de tecnologia, uma mudança que requer novas habilidades desses profissionais.

“Ou seja, apenas o conhecimento de programação e sistemas não será mais suficiente. Assim como para os demais profissionais citados na matéria, fica claro que atuar com tecnologia exige um perfil multidisciplinar e que você esteja por dentro de temas como inovação e negócios.

“A questão da multidisciplinaridade da tecnologia, assim como em outras áreas sempre existiu, mas talvez a nossa geração e anteriores estivessem muito influenciados pela era industrial, o que fez isso virar assunto de engenheiro, de cálculo, um campo extremamente exato. E justamente a conexão entre redes mostra que não, que isso é assunto de todo mundo”, comenta Adelano.

CARGOS EM ALTA

Startup tem todo o tipo de gente: engenheiro, produtor de conteúdo, antropólogos, entre outros. Desse mix de conhecimento, surge um profissional-chave na hora de uma empresa criar serviços e produtos: o UX designer. “A figura do UX designer talvez seja como o mercado entendeu que uma vaga poderia ser o ponto de encontro de todas essas possibilidades”, diz Adelano. Para ele, esta função é o filão do momento no mercado.

“Esse profissional precisa amarrar todas as áreas. Como é possível essa função ser exercida por jornalistas, ilustradores, videomakers? Por que a solução tecnológica não é mais a técnica em si, mas a experiência que ela vai prover. Mas esse profissional é um designer. O design via abordagem design thinking é um meio possível de achar conexão entre tudo isso e deixar o profissional mais apto a trabalhar com tecnologia e inovação”.

Outros dois cargos também aparecem na listinha promissora de Adelano: service design e business design. “Enquanto o UX atua mais na funcionalidade e vinculado a interfaces digitais. o SD organiza a gestão de stakeholders, cada momento da experiência e encontro do físico com o digital. Já o BD é como esses modelos de inovação param de pé e geram dinheiro”. Já escolheu em qual vai apostar?

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